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HISTÓRIA

O PATRONO /HISTÓRICO

Fidelino de Souza Figueiredo nasceu em Lisboa em 1888 e morreu na mesma cidade em 1967, foi um político, professor, hispanista, historiador e crítico literário português, que se destacou pela sua faceta de ensaísta e intelectual cosmopolita. Desde muito cedo travou relação com as mais importantes figuras do mundo literário português e estrangeiro, como testemunha a sua copiosa correspondência.

Em 1927, participou na revolta dos Fifis contra a Ditadura Nacional, instalada em 1926, pelo que esteve dois anos exilado. Durante o exílio em Madrid é contratado, pela Universidade Central, para professor de Literatura portuguesa e espanhola. Após passagens pelos EUA (Berkeley) e México, seria no Brasil, entre 1938 e 1951, que Fidelino de Figueiredo desenvolveria o seu magistério, sobretudo na Universidade de São Paulo e na Federal do Rio de Janeiro, onde foi titular de uma cátedra de Estudos Portugueses e criou uma ativa escola de lusistas: entre os seus discípulos contam-se Antônio Soares Amora, Segismundo Spina, Massaud Moisés e Cleonice Berardinelli. Ao contrair grave doença neuromuscular regressou a Portugal em 1951, fixando residência em Lisboa.

Dirigiu as seguintes revistas: Revista de História  (Lisboa, 16 vols., 1912-1928); Portugália, revista de cultura, tradição e renovação nacional (Lisboa, 6 fasciculos, 1925-1926); Letras (São Paulo, 11 vols.). Encontra-se ainda colaboração da sua autoria em diversas outras revistas, nomeadamente na revista Serões (1901-1911), Feira da Ladra  (1929-1943), Anais das bibliotecas, arquivo e museus municipais (1931-1936).

Em 1957 foi premiado com a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, pelo Brasil, com o Grande-Oficialato da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada a 11 de Fevereiro, por Portugal e ainda pela imprensa com o 'Prémio Diário de Notícias' pelo conjunto da sua obra e em especial por Um Homem na sua humanidade.

Dos discípulos eminentes como o professor Antônio Soares Amora, quem casou com a filha de Fidelino, dona Helena, e sucedeu o mestre na direção da cadeira de Literatura Portuguesa. Vale a pena mencionar o extraordinário projeto que o sucessor cultural de Fidelino de Figueiredo no Brasil adiantou, quando esteve à frente da Fundação Padre Anchieta em São Paulo, no terreno do ensino secundário desescolarizado. Refiro-me ao Tele-curso Segundo Grau, que foi desenvolvido em colaboração com a Fundação Roberto Marinho. Essa realização insere-se, sem dúvida, dentro do espírito do mestre português quem, reconhecendo a crise do ensino institucional, mostrou-se muito simpático diante das ideias renovadoras no terreno educacional.

Fato importante das relações intelectuais e humanas de Fidelino com o Brasil, foi a doação da sua correspondência passiva ao Centro de Estudos Portugueses da USP. Nos seus últimos anos em Lisboa, Fidelino teve a idéia de queimar a sua correspondência passiva. Segundo testemunho do professor Soares Amora [1979], a tentativa foi simplesmente fruto do cansaço e da própria doença que o afetava. "Ele queria simplificar as coisas, devido à mudança de residência", frisa o professor Amora. A filha do escritor, dona Helena, e o professor Amora contribuíram para salvar da destruição esse valioso acervo, cuja sistematização foi feita por Herti Hoeppner Ferreira, com a colaboração deles.

Fontes de Pesquisa e Autoria: 

Acervo da Escola Professor Fidelino de Figueiredo

Autoria: Equipe Gestora da EE Profº Fidelino de Figueiredo

Todas as informações contidas neste documento são de exclusiva responsabilidade de:

Janaina de Lima Francisco – Gerente de Organização Escolar




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